segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Padre José Anchieta e os Ornitólogos Modernos


Beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis)


Em uma rotineira saída de campo para observação de aves, após ter visto algumas dezenas de aves, me recordei de um m Thalurania glaucopianuscrito datado em 1560, conhecido como Carta de São Vicente, escrita pelo Padre José de Anchieta. Este documento foi uns dos primeiros relatos da biodiversidade da Mata Atlântica.

O padre ao descrever sua impressão quanto às aves do Brasil, relata: “Em verdade, não é fácil dizer quanta diversidade há de aves ornadas de várias cores”.

Realmente, mesmo os ornitólogos experientes se deparam com o mesmo dilema de Anchieta! Como retratar tanta beleza de cores apenas com palavras?

Para sorte dos ornitólogos modernos, podemos contar com diversos equipamentos, tanto para gravação da vocalização de seus cantos como para o registro fotográfico de toda sorte de aves existente.

Ainda na mesma carta, dentre as muitas espécies citadas, Anchieta faz uma menção aos nossos beija-flores: “Há ainda outros passarinhos, chamados guainumbi, os mais pequenos de todos; alimentam-se só de orvalho; desses há vários gêneros, dos quais um, afirmam todos, que se gera de borboleta”.

Não nos admira este relato, onde os povos indígenas acreditavam que uma espécie de beija-flor tenha se originado de uma espécie de borboleta, ainda mais quando os observamos em meio às flores, alimentando-se de néctar.

Marcio Toledo

Nenhum comentário:

Postar um comentário